O sonho de Portugal
sempre foi encontrar metais preciosos, conseguiram encontrar, mas a procura foi
longa. As pessoas que viviam na colônia portuguesa, só podiam circular pelas
Estradas Reais, caso quisessem entrar e sair da região. Essa região foi considerada
a maior fonte de riquezas de Portugal, que hoje é chamada de Minas Gerais. O
governo português impedia que essas riquezas saíssem desta região sem o
pagamento do imposto.
Em 1693, os
bandeirantes descobrem o ouro em diferentes lugares de Minas Gerais. O povo,
independente de raças, de homens ou mulheres, ricos e pobres iam em busca
dessas riquezas, para o enriquecimento rápido. Com isso muitas pessoas morriam,
porque seguiam em direção a Minas, sem comida e tinham que enfrentavam os
indígenas, ou seja, sem preparo nenhum. O governo então começou a adotar
medidas para impedir o despovoamento da costa.
Os paulistas
sentiam-se os “donos do pedaço”, pois foram os primeiros a chegar à região. Já
os bandeirantes chamam os forasteiros de emboabas. As relações entre os
paulistas e os emboabas eram tensa, em 1707, isso se transformou em conflito e
ficou conhecido como Guerra dos Emboabas. Em 1709, muitos paulistas foram
assassinados e jogados no rio das Mortes, isso ficou foi chamado de Capão da
Traição.
Quando encontrassem
ouro, deveriam comunicar o governo, eles iam até o local e dividiam as terras
em lotes de no máximo 66 metros quadrados, onde o chefe da intendência tinha
direito a um e os demais eram leiloados.
Além daqueles que
procuravam o ouro, havia os faiscadores, que eram independentes em suas buscas.
No início da mineração, quem chegasse primeiro podiam ficar com o ouro
encontrado, então acabou ficando uma concentração de riquezas nas mãos de
poucos.
Foram criados pelo
governo, os tributos, que era o quinto e captação. O quinto definia que 20% do
ouro extraído nas casas de fundição eram do rei. Esses altos tributos geravam
revoltas, principalmente em Vila Rica, na qual os líderes eram condenados à
morte, como Felipe dos Santos. Para impedir que as pessoas saíssem da região
sem pagar os tributos, o governo proibiu a abertura de novos caminhos e
aumentou o controle nas estradas.
Em 1729, a coroa
portuguesa foi informada da existência de uma região com diamantes, onde hoje é
a cidade de Diamantina. O governo então criou a intendência dos Diamantes e
determinou que fosse posse da Coroa e só poderia ser explorado por contratantes
reais.
Não podemos
esquecer-nos da importância do ouro na arte barroca, que sempre esteve presente
nas igrejas e obras, naquela época era uma disputa entre as irmandades para ver
qual era mais bonita. Com essa disputa eles costumavam contratar artistas, onde
os que se destacaram foram o Aleijadinho, José Soares de Araújo e Manuel da
Costa Ataíde.
O ouro e o diamante foram
importantes para a colonização, promovendo um desenvolvimento urbano, ao longo
do tempo foram surgindo vilas e povoados, diversificação de trabalhos na região
mineradora e até hoje tem uma grande importância histórica para o nosso país.
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